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Pessoal . . .
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Há aranhas gigantes à solta em Lisboa
Aranhas gigantescas apareceram, do nada, na Ponte 25 de Abril, em Lisboa – Portugal, e estão aterrorizando motoristas. A espécie é desconhecida dos especialistas e o motivo que as levou a invadirem a ponte, também.
As autoridades acalmam a população e afirmam que não há motivos para pânico…
Vejam imagens desse ataque de aranhas gigantes na reportagem mostrada neste vídeo.
Nossa !!!!!!!!! |
É apavorante para quem não sabe Proporção e Geometria . . .
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Agora, além de apavorado, fiquei confuso…
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Recomendo, então, que você fique atento à discussão que faremos aqui, pois o tema desta Sala de Atividades é
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A proporcionalidade é um dos conceitos da matemática mais presentes no dia a dia de cada um de nós. Por exemplo, para encontrar proporcionalidade, basta olhar para algo que nos acompanha a cada instante: a nossa sombra.
Mesmo dentro da própria Matemática não é raro a proporcionalidade aparecer na aritmética, na geometria e na álgebra, já que ela depende de noções muito simples de quocientes e de igualdades.
Aqui trataremos de situações nas quais a proporcionalidade invade a geometria, já que nos ocuparemos de relações entre figuras geométricas que, de alguma forma, serão divididas em iguais proporções.
Essa parceria Proporção e Geometria, além de bela, é antiga, existe há mais de 2500 anos! Foi utilizando noções simples de semelhança e proporcionalidade que, por exemplo, sábios da Antiguidade encontrarem métodos de calcular os tamanhos da Terra, do Sol e da Lua.
Na nossa discussão não mediremos especificamente tamanhos e distâncias entre astros, mas apresentaremos cinco temas centrais da Geometria Plana que podem ser utilizados não somente nesse tipo de medição mas também no combate a criaturas colossais…
E aí, dispostos a decifrarem o mistério das aranhas gigantes?
Então, muita calma, a todos, e boa diversão!!!
Iniciaremos a nossa discussão com um resultado cuja descoberta é atribuída a Tales de Mileto, um dos sete sábios da Grécia, que viveu no século VI a.C.: o Teorema de Tales.
Esse é um dos teoremas centrais da geometria plana e tem um papel fundamental na teoria da semelhança e na trigonometria, o que lhe rende inúmeras aplicações práticas. Portanto, se vocês não conhecem este teorema, sigam estes três passos:
- A primeira coisa a fazer é pegar papel e lápis, ler com bastante atenção o enunciado, fazer uma boa figura com três retas paralelas e duas transversais a elas e tentar entender o que o teorema está garantindo.
- Em seguida, utilizem este applet para visualizar o resultado garantido pelo Teorema: façam várias simulações, até vocês se convencerem de que parece que Tales tinha razão…
- Finalmente, leiam com cuidado a prova do teorema e comprovem que Tales realmente tinha razão!
O Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas, com no mínimo três retas, é intersectado por duas retas transversais, então dois segmentos quaisquer de uma das transversais são proporcionais aos segmentos correspondentes da outra.
Agora que vocês já entenderam o Teorema de Tales, que tal conhecerem algumas de suas aplicações?
Então, cliquem no botão abaixo. Vamos lá, pessoal!
Se vocês estão com dificuldades para realizarem a divisão de um segmento em partes congruentes, utilizem este applet, talvez ele possa ajudá-los na determinação de um procedimento geral.
Divisão de segmentos em partes congruentes
Com esse applet é possível dividir dois segmentos, [tex]\overline{AB}[/tex] e [tex]\overline{AC}[/tex] em, respectivamente, cinco e três partes congruentes.
Para facilitar o manuseio e ampliar a área de trabalho, o applet abrirá em uma outra janela.
Para utilizar o applet, basta clicar na figura abaixo!
Dentre os polígonos, o triângulo é considerado o mais simples, já que é definido com o menor número de lados – apenas 3. Mas, apesar de sua aparente simplicidade, são muitas as situações em que se recorre a outra característica do triângulo – a sua estabilidade. Afinal três pontos não colineares definem um, e somente um, plano.
Na construção civil, por exemplo, são muitas as soluções de questões relacionadas à segurança de estruturas que se apoiam na simplicidade e na robustez do triângulo.
E é no estudo dos triângulos que encontraremos mais um exemplo da Proporcionalidade na Geometria.
Triângulos semelhantes
Vamos relembrar o que são triângulos semelhantes?
Definição:
Dois triângulos são ditos semelhantes quando existe uma correspondência biunívoca entre seus vértices, de modo que
(i) ângulos internos correspondentes são congruentes;
(ii) lados correspondentes são proporcionais.
Na figura abaixo, os triângulos [tex]ABC[/tex] e [tex]DEF[/tex] com a seguinte correspondência entre vértices:
[tex]A\longleftrightarrow D\qquad \quad [/tex] [tex]B\longleftrightarrow E\qquad \quad [/tex] [tex]C\longleftrightarrow F[/tex]
são semelhantes.
Como os dois triângulos são semelhantes, podemos afirmar que:
- [tex]\widehat{A}[/tex] e [tex]\widehat{D}[/tex] são ângulos congruentes, isto é, ângulos com a mesma medida.
- [tex]\widehat{B}[/tex] e [tex]\widehat{E}[/tex] são ângulos congruentes.
- [tex]\widehat{C}[/tex] e [tex]\widehat{F}[/tex] são ângulos congruentes.
- Os lados correspondentes são proporcionais, isto é, existe um número real positivo [tex]k[/tex], tal que:
[tex]\qquad \quad \dfrac{DE}{AB}=\dfrac{EF}{BC}=\dfrac{FD}{CA}=k[/tex].
Observem quantas informações importantes no estudo da geometria vocês conseguem obter, sabendo que dois dados triângulos são semelhantes. São três igualdades de medidas de ângulos e três proporcionalidades de comprimentos de segmentos.
O que sabemos até agora sobre semelhança de triângulos?
– Mas por outro, é necessário termos em mãos doze medidas para verificarmos se dois dados triângulos são semelhantes:
- as medidas dos três ângulos internos do primeiro triângulo;
- as medidas dos três lados do primeiro triângulo;
- as medidas dos três ângulos internos do segundo triângulo;
- as medidas dos três lados do segundo triângulo.
Assim, precisamos de outras informações sobre semelhança de triângulos, além da única temos: a definição. Apresentaremos, então, algumas propriedades que nos permitirão concluir que dois triângulos são semelhantes, a partir de um número menor de medidas conhecidas. Vejamos.
Casos de semelhança de triângulos
As três propriedades conhecidas como casos (ou critérios) de semelhança são, na verdade, condições mínimas que, se verificadas, nos permitem afirmar que dois triângulos são semelhantes. Com certeza você se lembra delas, não é?
Caso A.A. (ângulo – ângulo):
Se dois ângulos de um triângulo são congruentes a dois ângulos de outro triângulo, então estes triângulos são semelhantes.
Caso L.A.L. (lado – ângulo – lado):
Se dois lados de um triângulo são proporcionais a dois lados de outro triângulo e os ângulos internos definidos por esses lados são congruentes, então os triângulos são semelhantes.
Caso L.L.L. (lado – lado – lado):
Se os três lados de um triângulo são proporcionais aos três lados de outro triângulo, então os triângulos são semelhantes.
A próxima propriedade é também um resultado clássico da Geometria Plana e mostrará uma situação muito especial na qual dois triângulos serão sempre semelhantes.
Teorema Fundamental da Proporcionalidade
Teorema:
Se uma reta paralela a um dos lados de um triângulo intersecta os outros dois lados em pontos distintos, então ela determina um triângulo semelhante ao triângulo inicial.
Observem a próxima figura.
Se a reta [tex]r[/tex], determinada pelos pontos [tex]D[/tex] e [tex]E[/tex], for paralela ao lado [tex]AC[/tex], então os triângulos [tex]ABC[/tex] e [tex]DBE[/tex] são semelhantes. Neste caso, a correspondência entre vértices será:
[tex]A\longleftrightarrow D\qquad \quad [/tex] [tex]B\longleftrightarrow B\qquad \quad [/tex] [tex]C\longleftrightarrow E[/tex]
As demonstrações desses quatro resultados não serão discutidas nesta sala, pois fogem do foco da nossa discussão. Dessa forma, nas atividades que apresentaremos a seguir, vocês poderão utilizar livremente as quatro propriedades apresentadas para concluir, quando necessário, que dois dados triângulos são semelhantes.
Aplicações da semelhança de triângulos
Proporemos, agora, problemas teóricos e práticos que podem ser solucionados com a teoria que apresentamos neste tópico. Em alguns desses problemas, vocês poderão observar como a Semelhança de Triângulos é importante no trabalho de topógrafos, cartógrafos e engenheiros, principalmente quando houver necessidade de se obter distâncias inacessíveis por serem muito longas ou com algum tipo de obstáculo. Nessas situações, esses profissionais têm que trabalhar com medidas de ângulos e, para obtê-las, eles muitas vezes utilizam um instrumento chamado teodolito. Se você não sabe o que é um teodolito, clique no botão abaixo, antes de prosseguir.
Vamos, então, aos problemas. Bons estudos!
Podemos falar de semelhança no estudo de outras figuras e não apenas no estudo de triângulos. E esse tipo de semelhança aparece, também, em situações cotidianas das pessoas. Por exemplo, vocês já devem ter ouvido alguma reclamação do tipo:
- Por que a imagem da minha TV fica esticada (ou achatada)?
- Por que aparecem barras laterais em torno da imagem, quando eu assisto determinados filmes no computador?
Pois é, a resposta para essas perguntas pode estar na semelhança de retângulos: um caso particular da semelhança definida a seguir.
Definição:
Duas figuras [tex]F_1[/tex] e [tex]F_2[/tex] são ditas semelhantes se existir uma correspondência biunívoca entre os seus pontos, de modo que para quaisquer dois pontos distintos [tex]P[/tex] e [tex]Q[/tex] de [tex]F_1[/tex] os pontos correspondentes [tex]P'[/tex] e [tex]Q'[/tex] em [tex]F_2[/tex] são tais que [tex]\dfrac{PQ}{P’Q’}[/tex] é constante.
Se vocês não conseguiram enxergar como a semelhança pode fornecer uma possível explicação para as imagens esticadas/achatadas e para o aparecimento de barras laterais que citamos no início deste tópico, ou acreditam que isso ocorre apenas porque as televisões modernas são maiores, cliquem no próximo botão antes de irem para os problemas propostos na Atividade 3.
Quando vamos representar algo por meio de um desenho ou de uma maquete, queremos que a representação seja semelhante, havendo, portanto, uma proporcionalidade entre medidas de comprimento da representação e as medidas reais correspondentes do representado. Essa constante de proporcionalidade é chamada de escala e matematicamente é assim definida:
[tex]E = \dfrac{d}{D}[/tex], com:
[tex]E[/tex] – escala; [tex]d[/tex] – medida no desenho; [tex]D[/tex] – medida real.
- Assim uma escala 1:10.000 indica, por exemplo, que cada medida 1cm no desenho representa 10.000 cm na medida real.
- Na figura abaixo, a escala gráfica do primeiro mapa mostra que cada 1 centímetro (cm) medido no mapa corresponde a 25.000.000 cm, ou seja, 250.000 m, ou ainda, 250 km na medida real. Na mesma figura, no segundo mapa, estado do Rio de Janeiro, vemos graficamente que cada 1 centímetro (cm) medido no mapa, corresponde a 40 quilômetros (km) na realidade. O segundo mapa foi o que chamamos de ampliado, ou seja, foi utilizada uma escala maior: o denominador foi diminuído, logo a razão (escala) é maior.
Esse é um assunto bem bacana, não é? Então, que tal ampliar o conhecimento de vocês sobre escala, resolvendo alguns problemas? É só clicar no botão Atividade 4.
No desenvolvimento de determinadas tarefas, pode ser necessário fazer ampliações ou reduções de figuras geométricas. As escalas podem ajudar, mas, na prática, como fazer uma ampliação/redução?
Podemos usar homotetia e obter ampliação ou redução de uma figura, a partir de um ponto fixo. Mas o que é homotetia?
É o que vamos ver neste tópico; mas, antes, é bom que você já saiba que máquinas copiadoras que fazem ampliações ou reduções geralmente utilizam homotetia como princípio básico dos seus processos de funcionamento.
Sejam [tex]O[/tex] um ponto e [tex]k[/tex] um número real não nulo.
Homotetia de centro [tex]O[/tex] e razão [tex]k[/tex] de uma figura [tex]F[/tex] é uma transformação geométrica que associa a cada ponto [tex]M[/tex] de [tex]F[/tex] o ponto [tex]M'[/tex] assim definido:
- se [tex]k[/tex] for positivo, [tex]k > 0[/tex], [tex]M'[/tex] é o ponto da semirreta [tex] OM[/tex], de origem [tex]O[/tex], tal que [tex]OM’= k\cdot OM[/tex];
- se [tex]k[/tex] for negativo, [tex]k \lt 0[/tex], [tex]M'[/tex] é o ponto da semirreta oposta à semirreta [tex]OM[/tex], de origem [tex]O[/tex], tal que [tex]OM’=(-k)\cdot OM[/tex].
Vejam dois exemplos de figuras obtidas por homotetia.
Não se assustem, a definição é meio complicada mesmo. Mas, neste momento, vocês só terão que saber como utilizar a homotetia para ampliar ou reduzir figuras e terem a certeza de que as figuras obtidas são semelhantes à figura inicial.
Para um melhor entendimento de como obter uma figura por homotetia, a partir de uma figura inicial:
- utilizem este applet;
- leiam este texto, extraído de Construções Geométricas – Vol.1. Consórcio CEDERJ/UENF/UERJ/UFF/UFRJ/UFRRJ/UNIRIO/Fundação CECIERJ;
- assistam a este vídeo.
Agora chegou a vez de vocês obterem figuras por homotetia. Cliquem no botão da Atividade 5 e boa diversão!
Agora que vocês já conhecem algumas das proporções da Geometria, que tal utilizarem o que aprenderam para se divertir?
Escolham um tema, cliquem sobre ele e boa diversão!
Disponibilizamos aqui textos, sites e vídeos que podem ajudá-los no desenvolvimento das atividades propostas nesta Sala.
Esperamos que o material lhes seja útil.
Galeria de vídeos
Aqui vocês encontram vídeos que poderão utilizar nas suas pesquisas.
Cliquem na figura correspondente ao vídeo que vocês querem assistir: na janela que irá abrir, é só clicar na setinha e, depois de assistir ao vídeo escolhido, é só fechar a janela que se abriu.
Discovery na Escola – Conceitos de Álgebra Razão e Proporção |
Khan Academy em Português Conceitos básicos de triângulos semelhantes |
Novo Telecurso – Matemática – Ensino Fundamental Aula 46 – Razão e proporção |
Novo Telecurso – Matemática – Ensino Fundamental Aula 47 – Teorema de Tales |
Novo Telecurso – Matemática – Ensino Fundamental Aula 48 – Semelhança de Figuras / Escalas |
Novo Telecurso – Matemática – Ensino Fundamental Aula 49 – Proporção inversa |
Isto é Matemática O Raio da Terra |
Khan Academy em Português Exemplos de problemas com triângulos semelhantes |
Textos e sites
Disponibilizamos abaixo links de textos que vocês poderão utilizar nas diversas atividades propostas nas salas sobre Proporção em Geometria.
❐ A Geometria e as distâncias astronômicas distâncias astronômicas na Grécia Antiga – Geraldo Ávila (Último acesso em 30/06/20)
❐ Arquiteto x Engenheiro Civil: conheça as diferenças e semelhanças dessas duas profissões (Último acesso em 30/06/20)
❐ As diferenças e semelhanças entre engenheiros e arquitetos (Último acesso em 30/06/20)
❐ Instrumentos Científicos (Último acesso em 30/06/20)
❐ O Princípio da similitude de Galileu Galilei (Último acesso em 30/06/20)
Mas, e as aranhas gigantes?????? |
Como disse anteriormente, a geometria e a proporção vão acabar com esse problema.
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Se vocês também ficaram curiosos com a notícia da Apresentação do Tema, ouçam uma explicação matemática a respeito de ataques por criaturas descomunais, dada pelo professor Humberto José Bortolossi, do Instituto de Matemática da Universidade Federal Fluminense, assessorado por sua Equipe e pelo cientista Galileu Galilei.
Abaixo apresentamos uma breve discussão do Princípio da Similitude de Galileu Galilei. Quem entendeu a discussão de semelhança e proporção, não terá problema para compreendê-lo!
A Teoria da Similitude (Semelhança)
Em sua obra Discorsi e Dimostrazioni Mathematische, datada de 1638, Galileu Galilei apresenta um princípio conhecido por Princípio da Similitude:
“Nenhum organismo biológico ou instituição humana, que sofra uma mudança de tamanho e uma consequente mudança na escala de proporções, não passa por isso sem modificar sua forma ou conformação.”
Assim, segundo esse princípio, se um organismo biológico aumentar o seu tamanho, ele vai ter que mudar a sua estrutura. Vamos tentar entender o porquê.
Considere, por exemplo, a situação de dois animais semelhantes tais que um deles tem o dobro da escala do outro. A “espessura” de um osso do animal maior será 4 vezes maior do que a “espessura” do osso correspondente do animal menor, mas este osso terá que suportar 8 vezes mais peso! Portanto, a estrutura óssea do animal maior será bem mais frágil, se comparada com a do animal menor. Pelo Princípio da Similitude, uma “versão maior” do animal menor preferirá mudar a sua estrutura (por exemplo, aumentando mais do que 4 vezes a “espessura” dos ossos) para garantir robustez.
Para entender um pouco melhor essa argumentação, acompanhe o exemplo apresentado a seguir.
Tá, entendi: aranhas gigantes de verdade não existem. |
Em tempo: o vídeo que assustou você e muitos internautas é uma peça publicitária, no mínimo original, feita para o lançamento do último livro de uma trilogia, em Portugal.
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E e u a c r e d i t e i . . .
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➨ Geometria (Extraído do Portal do MEC)
➨ Semelhança (Último acesso em 30/06/20)
➨ Sombra, semelhança e proporção (Último acesso em 30/06/20)
Equipe COM – OBMEP
Agosto de 2015.
➨ Infowester responde (Último acesso em 12/12/22)
➨Licenças sob Domínio público via Wikimedia Commons
➨ Wikipedia (Último acesso em 12/12/22)
➨ YouTube (Último acesso em 12/12/22)