caleidociclos, Escher e, até,
Tópicos – Sala 2
VI – Escher
Vocês já ouviram falar de um artista gráfico chamado Escher?
Bem, aqui nos Clubes de Matemática da OBMEP vocês já devem ter se deparado com alguns vídeos a respeito dele. Na Videoteca dos Clubes temos o vídeo Inspirations, do cineasta espanhol Cristóbal Vila que imagina como seria o local de trabalho do artista, e o vídeo Escher e a Geometria – um passeio pela exposição “O mundo mágico de Escher”, que ficou em cartaz em São Paulo em julho de 2011.
Caso ainda não conheçam Escher, vale a pena assistir aos vídeos!!
Maurits Cornelis Escher (1898-1972) é um dos mais famosos artistas gráficos do mundo e seus trabalhos são encontrados em muitos sites da Internet. Ele ficou conhecido, principalmente, pelas construções impossíveis presentes em suas obras, como as duas apresentadas a seguir.
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Cliquem na imagem para ampliá-la, observem-na atentamente e respondam: as pessoas na escada estão subindo ou descendo? Essa obra é chamada Ascending and Descending, que podemos traduzir por Sobe e Desce, e é um trabalho realizado em 1960. Depois de analisar a situação, não se esqueçam de fechar a janela que se abriu. |
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Cliquem na imagem para ampliá-la, observem-na atentamente e respondam: a água está caindo ou subindo? Essa outra obra é chamada Waterfall (Queda d´água) e é de 1961. Depois de analisar a situação, não se esqueçam de fechar a janela que se abriu. |
Mas não é por suas construções impossíveis que Escher está nesta Sala. Nos dias de hoje, não podemos falar de pavimentação do plano sem citá-lo.
Desde a sua primeira visita a um castelo Mouro em Granada, Espanha, no ano de 1922, Escher se inspirou nos azulejos espanhóis e se interessou pela divisão regular do plano, criando várias pavimentações. Para conhecer um pouco mais sobre o envolvimento de Escher com a pavimentação, assistam ao vídeo O estranho mundo de Escher, da série Isto é Matemática.
Vamos, então, conhecer um pouquinho sobre
o imenso e maravilhoso “estranho mundo das pavimentações de Escher”.
VII – Um pouco sobre as pavimentações de Escher
Escher explorou de forma brilhante a geometria plana e a geometria espacial em suas obras, mesmo não tendo qualquer formação ou conhecimento de ciências exatas. O seu encanto por figuras geométricas e padrões levou-o a descobrir a Teoria da Divisão do Plano Regular: uma superfície pode ser dividida regularmente em figuras iguais e totalmente preenchida com elas sem a existência de espaços vazios.
Essa técnica já era dominada por povos antigos, que a utilizavam na confecção de seus mosaicos, conforme vimos na Sala 1; mas Escher foi além dos triângulos equiláteros, quadrados e hexágonos regulares capazes de cobrir o plano sem deixar buracos ou se sobreporem. Ele substituiu os polígonos regulares por figuras que representam coisas existentes na natureza – pessoas, pássaros, peixes, répteis, etc. – e criou imagens envolventes, como as que vemos abaixo.
MC Escher: Plane Filing II, 1957 | MC Escher: Horse, 1937-1938 | MC Escher: BirdFish, 1941 |
MC Escher: Fish, 1942 | MC Escher: Two-Fish, 1942 | MC Escher: Eagle, 1938 |
MC Escher: IMP, 1938 | MC Escher: Lizard, 1939 | MC Escher: Three-Birds, 1938 |
Imagens extraídas de: M.C.Escher
Muito embora os únicos polígonos regulares que são possíveis de serem utilizados para pavimentar o plano sejam o triângulo, o quadrado e o hexágono, Escher combinou, deslocou, girou, refletiu e distorceu essas três figuras matemáticas, obtendo uma maior variedade de padrões e criando pavimentações mais elaboradas. As três palavras em negrito deslocou, girou e refletiu representam o resultado de três ações possíveis de se fazer em um plano de modo que uma figura sobre a qual elas foram aplicadas muda de posição, mas não de forma. Na matemática, essas ações são estudadas e recebem, respectivamente, os seguintes nomes: translação; rotação; reflexão.
Para relembrar um pouco sobre elas, cliquem AQUI.
Mesmo desenhando pássaros, peixes e outros animais para dar vida às suas pavimentações, Escher não abandonou os polígonos; pelo contrário, utilizou-os como base para gerar as figuras que compuseram suas pavimentações. Assim, desenhando dentro de polígonos e utilizando degradees de cores e sombras, criou padrões que ficaram conhecidos como metamorfoses (gradativamente, uma figura vai se transformando em outra). Um exemplo dessa técnica vocês podem ver nas próximas figuras. Clicando sobre a primeira figura, vocês poderão assistir a uma animação que brinca com a obra! Clicando sobre a segunda, vocês poderão assistir a um vídeo mostrando detalhes da obra, que mede 19,2 cm x 680 cm. Isso mesmo, 6,8 metros de comprimento.
Cliquem em uma figura e na janela que irá abrir, é só clicar na setinha. Depois de assistir ao vídeo, é só fechar a janela que se abriu.
MC Escher: Sky and Water, 1938 | MC Escher: Metamorfoses II, 1967-1968 |
VIII – Treinando para ser um Escher
Para identificar os padrões e simetrias nas pavimentações de Escher, é preciso algum, digamos, “treino visual”.
Nesta atividade disponibilizaremos material com essa finalidade.
Vocês perceberam que algumas isometrias fixam pontos e outras não? Algumas isometrias mantêm orientações e outras não?
Esta atividade explora exatamente isso!
Escher criava padrões e efeitos surpreendentes a partir de formas geométricas básicas.
Com esta atividade vamos procurar objetos matemáticos disfarçados de arte.
Você conhece a “técnica da dentada”?
IX – Um dia de Escher
E aí, prontos para um dia de Escher?
Vamos lá, cliquem neste último botão.
Bom trabalho, pessoal!
Boa diversão!!!
Esperamos que vocês tenham gostado da diversão!!
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Equipe COM – OBMEP
Outubro de 2015.
➨ Art Perceptions (Último acesso em 18/06/20)
➨M.C.Escher (Último acesso em 18/06/20)
➨PAVIMENTAÇÕES NO PLANO EUCLIDIANO (Último acesso em 18/06/20)
➨Totally History (Último acesso em 18/06/20)
➨YouTube (Último acesso em 18/06/20)
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