Fórmula de Herão: Dedução 4

Dedução 4


Aqui, utilizaremos três Lemas para mais uma dedução da fórmula de Herão:
– o segundo Lema nos fornecerá a figura que servirá de base para essa dedução;
– o primeiro Lema é uma propriedade sobre retas tangentes a uma dada circunferência, a qual utilizaremos fortemente para provarmos o segundo Lema;
– o terceiro Lema já apareceu na Dedução 2 e relaciona a área de um triângulo com o raio da sua circunferência inscrita e seu semiperímetro.
Os fatos elementares da Geometria Plana que utilizaremos serão apenas citados.

Os Lemas


Lema 1: Se, a partir de um ponto [tex]P[/tex] externo a uma circunferência [tex]\Gamma[/tex], traçarmos as retas [tex]PA[/tex] e [tex]PB[/tex] tangentes a [tex]\Gamma[/tex], com [tex]A[/tex] e [tex]B[/tex] pontos de [tex]\Gamma[/tex], então os segmentos [tex]\overline{PA}[/tex] e [tex]\overline{PB}[/tex] terão o mesmo comprimento.

A justificativa dessa propriedade é bastante simples, se você souber um pouquinho sobre triângulos congruentes. Observe que:

  • os triângulos [tex]PAO[/tex] e [tex]PBO[/tex] são triângulos retângulos;
  • os segmentos [tex]\overline{OA}[/tex] e [tex]\overline{OB}[/tex] têm o mesmo comprimento, já que são raios de [tex]\Gamma;[/tex]
  • o segmento [tex]\overline{PO}[/tex] é lado comum aos dois triângulos;

assim, pelo caso de congruência para triângulos retângulos, os triângulos [tex]PAO[/tex] e [tex]PBO[/tex] são congruentes e, consequentemente, [tex]\overline{PA}[/tex] e [tex]\overline{PB}[/tex] têm o mesmo comprimento. (Se você não se lembra dos casos de congruência de triângulos, clique AQUI.)

Não se esqueça de ocultar estas informações, para não sobrecarregar a página.

Lema 2: Seja [tex]ABC[/tex] um triângulo cujos lados [tex]AB\, [/tex], [tex]BC\, [/tex] e [tex]\, CA[/tex] têm comprimentos [tex]c\, ,\, a\, , b\, [/tex], respectivamente.
Se [tex]T_1\, , \, T_2\, ,\, T_3\, [/tex] são os pontos de tangência da circunferência inscrita ao triângulo [tex]ABC\, [/tex]; [tex]T_4\, , \, T_5\, ,\, T_6\, [/tex] são os pontos de tangência da circunferência ex-inscrita relativa ao vértice [tex]A[/tex] do triângulo [tex]ABC\, [/tex] e [tex]p=\dfrac{a+b+c}{2}[/tex] é o semiperímetro do triângulo [tex]ABC[/tex], então:

  • Os comprimentos dos segmentos [tex]\textcolor{#009900}{AT_1}\, [/tex] e [tex]\, \textcolor{#009900}{AT_3}[/tex] são iguais a [tex]\textcolor{#009900}{p-a}.[/tex]
  • Os comprimentos dos segmentos [tex]\textcolor{#0000FF}{BT_1}\, [/tex], [tex]\, \textcolor{#0000FF}{BT_2}\, [/tex] e [tex]\, \textcolor{#0000FF}{CT_6}[/tex] são iguais a [tex]\textcolor{#0000FF}{p-b}.[/tex]
  • Os comprimentos dos segmentos [tex]\textcolor{#FF3366}{CT_2}\, [/tex], [tex]\, \textcolor{#FF3366}{CT_3}\, [/tex] e [tex]\, \textcolor{#FF3366}{BT_5}[/tex] são iguais a [tex]\textcolor{#FF3366}{p-c}.[/tex]

A justificativa deste Lema é um pouco mais longa…
Sejam, então, [tex]ABC[/tex] um triângulo cujos lados [tex]\overline{AB}\, [/tex], [tex]\overline{BC}\, [/tex] e [tex]\, \overline{CA}[/tex] têm comprimentos [tex]c\, ,\, a\, , b\, [/tex], respectivamente, e [tex]\Gamma[/tex] a sua circunferência inscrita.
Se [tex]T_1\, , \, T_2\, ,\, T_3\, [/tex] são os pontos de tangência de [tex]\Gamma[/tex] ao triângulo [tex]ABC\, [/tex], então, pelo Lema 1, temos que os comprimentos dos segmentos [tex]\overline{AT_1}[/tex] e [tex]\overline{AT_3}[/tex] são iguais, assim como os comprimentos de [tex]\overline{BT_1}[/tex] e [tex]\overline{BT_2}[/tex] e também de [tex]\overline{CT_3}[/tex] e [tex]\overline{CT_2}[/tex]. Sejam [tex]x[/tex], [tex]y[/tex] e [tex]z[/tex] tais comprimentos, de acordo com a figura a seguir.

Dessa forma, segue que:
[tex]\qquad \qquad \boxed{x+y=c}\, \, ,\, \, \boxed{y+z=a}\, \, ,\, \, \boxed{x+z=b}\, [/tex],
donde
[tex]\qquad \qquad a+b+c=2x+2y+2z=2(x+y+z)\, [/tex],
e assim,
[tex]\qquad \qquad x+y+z=\dfrac{a+b+c}{2}[/tex].
Logo, se [tex]p[/tex] é o semiperímetro de [tex]ABC[/tex], então [tex]\boxed{x+y+z=p}[/tex].

A partir das quatro igualdades destacadas, obtemos que:

  • [tex] x=x+y+z-y-z=(x+y+z)-(y+z)=p-a.[/tex]
  • [tex] y=x+y+z-x-z=(x+y+z)-(x+z)=p-b.[/tex]
  • [tex] z=x+y+z-x-y=(x+y+z)-(x+y)=p-c.[/tex]

Observando a figura acima, vemos que já obtivemos quase todas as relações que precisamos obter!
Para completar a justificativa, falta determinar apenas os comprimentos dos segmentos [tex]\overline{BT_5}[/tex] e [tex]\overline{CT_6}[/tex], que denotaremos por [tex]k[/tex] e [tex]t[/tex] respectivamente.
Vamos observar, então, a circunferência ex-inscrita da figura do problema.

Sabemos pelo Lema 1 que:

  • os segmentos [tex]\overline{AT_5}[/tex] e [tex]\overline{AT_6}[/tex] têm o mesmo comprimento, digamos [tex]v[/tex];
  • os segmentos [tex]\overline{BT_5}[/tex] e [tex]\overline{BT_4}[/tex] têm o mesmo comprimento, digamos [tex]k[/tex];
  • os segmentos [tex]\overline{CT_4}[/tex] e [tex]\overline{CT_6}[/tex] têm o mesmo comprimento, digamos [tex]t[/tex].

Observe inicialmente que o lado [tex]\overline{BC}[/tex] do triângulo tem comprimento [tex]a[/tex], logo [tex]a=k+t[/tex], donde [tex]t=a-k[/tex] e, com isso, segue que:
[tex]\qquad a-k =t\\
\qquad a-k =v-b\\
\qquad a-k =(c+k)-b\\
\qquad 2k =a+b-c\\
\qquad 2k =a+b-c+(c-c)\\
\qquad 2k =a+b+c-2c\\
\qquad k =\dfrac{a+b+c-2c}{2}\\
\qquad k =\dfrac{a+b+c}{2}-c\\
\qquad \boxed{k =p-c}\, .\\
[/tex]
Ainda de [tex]t=a-k[/tex], segue que:
[tex]\qquad t=a-k\\
\qquad t=a-(p-c)\\
\qquad t=a-p+c\\
\qquad t=a-\dfrac{a+b+c}{2}+c\\
\qquad t=\dfrac{2a-a-b-c+2c}{2}\\
\qquad t=\dfrac{a-b+c}{2}\\
\qquad t=\dfrac{a-b+c+(b-b)}{2}\\
\qquad t=\dfrac{a+b+c-2b}{2}\\
\qquad t=\dfrac{a+b+c}{2}-b\\
\qquad \boxed{t=p-b}\, .\\
[/tex]

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Lema 3: A área de um triângulo é igual ao produto da medida do raio da sua circunferência inscrita pelo seu semiperímetro.

  • Você pode conferir a justificativa desta propriedade na página da Dedução 2.
    Clique aqui: é o Lema 1 daquela demonstração.
  • Mas vamos fazer aqui uma demonstração alternativa. Para isso, considere um triângulo [tex]ABC[/tex] cujos lados têm comprimentos iguais a [tex]a[/tex], [tex]b[/tex] e [tex]c[/tex] e seu incentro [tex]I.[/tex]
  • A partir do ponto [tex]I[/tex], vamos construir três triângulos internos a [tex]ABC[/tex]: triângulos [tex]ABI[/tex], [tex]BCI[/tex] e [tex]CAI.[/tex]

    Como o incentro de um triângulo é o centro da circunferência inscrita a ele, podemos encontrar facilmente uma altura para cada um dos três triângulos internos. (Lembre-se de que os raios de uma circunferência inscrita construídos a partir dos seus pontos de tangência são perpendiculares aos respectivos lados.)

    Pronto, quase finalizamos a nossa demonstração. Observe que a área [tex]S[/tex] do triângulo [tex]ABC[/tex] é a soma das áreas [tex] \fcolorbox{black}{#5CB3FF}{$S_1$}\, [/tex], [tex]\fcolorbox{black}{#FFFF00}{$S_2$}\, [/tex] e [tex]\fcolorbox{black}{#FFA85C}{$S_3$}[/tex] dos triângulos [tex]ABI[/tex], [tex]BCI[/tex] e [tex]CAI[/tex]; assim, se [tex]r[/tex] é o comprimento do raio da circunferência inscrita, como a área de um triângulo é dada por [tex]\dfrac{base \times altura}{2}[/tex], segue que:

    [tex]\qquad S= \fcolorbox{black}{#5CB3FF}{$S_1$}+\fcolorbox{black}{#FFFF00}{$S_2$}+\fcolorbox{black}{#FFA85C}{$S_3$}\\
    \qquad S= \dfrac{c \times r}{2}+\dfrac{a \times r}{2}+\dfrac{b \times r}{2}\\
    \qquad S= r \times \left(\dfrac{c}{2}+\dfrac{a}{2}+\dfrac{b}{2}\right)\\
    \qquad S= r \times \dfrac{a+b+c}{2}.\\
    \, \, [/tex]
    Observe que [tex]\dfrac{a+b+c}{2}[/tex] é o semiperímetro do triângulo [tex]ABC[/tex]; portanto,
    [tex]\qquad \qquad \boxed{S= r \times p}[/tex], com [tex]p=\dfrac{a+b+c}{2}.[/tex]

Não se esqueça de ocultar estas informações, para não sobrecarregar a página.

A dedução


Seja [tex]ABC[/tex] um triângulo cujos lados [tex]\overline{AB}\, [/tex], [tex]\overline{BC}\, [/tex] e [tex]\, \overline{CA}[/tex] têm comprimentos [tex]c\, ,\, a\, , b\, [/tex], respectivamente.
Considere que [tex]T_1\, , \, T_2\, ,\, T_3\, [/tex] são os pontos de tangência da circunferência inscrita ao triângulo [tex]ABC\, [/tex]; [tex] \, T_5\, ,\, T_6\, [/tex] são os pontos de tangência da circunferência ex-inscrita relativa ao vértice [tex]A[/tex] do triângulo [tex]ABC\, [/tex] e [tex]p=\dfrac{a+b+c}{2}[/tex] é o semiperímetro do triângulo [tex]ABC[/tex].
De acordo com o Lema 2, os valores [tex]a,b,c,p[/tex] definem as medidas dos vários segmentos que aparecem na figura a seguir. Observe que denotamos por [tex]I[/tex] e [tex]I_A[/tex] os centros das circunferências inscrita e ex-inscrita, respectivamente.
(Embora tenha sido importante para a justificativa do Lema 2, não trabalharemos com o ponto de tangência [tex] \, T_4\, [/tex] nesta dedução.)

Vamos utilizar os dados da figura acima para analisar os triângulos [tex]AT_5I_A[/tex], [tex]AT_1I[/tex], [tex]IT_3C[/tex], e [tex]I_AT_6C[/tex].
Na figura à direita, vamos denotar por [tex]r\, [/tex] e [tex]\, R\, [/tex] os raios das circunferências inscrita e ex-inscrita, respectivamente. É sempre bom lembrar-se de que, como o ex-incentro [tex]I_A[/tex] é ponto da bissetriz interna do ângulo de vértice [tex]A[/tex], então os pontos [tex]A[/tex], [tex]I[/tex] e [tex]I_A[/tex] são colineares, o que possibilita a análise via semelhança que faremos a seguir.

  • Observe que os triângulos [tex]AT_5I_A[/tex] e [tex]AT_1I[/tex] são semelhantes, pois têm um ângulo reto cada um e o ângulo de vértice [tex]A[/tex] em comum.
  • Dessa forma, lados correspondentes desses dois triângulos são proporcionais e, assim:
    [tex]\qquad \dfrac{r}{R}= \dfrac{p-a}{(p-a)+(p-b)+(p-c)}\, [/tex],
    donde segue que:
    [tex]\qquad \dfrac{r}{R}= \dfrac{p-a}{3p-(a+b+c)}\\
    \qquad R\cdot(p-a)= r \cdot (3p-(a+b+c))\\
    \qquad R\cdot(p-a)= r \cdot \left(3\cdot \dfrac{a+b+c}{2}-(a+b+c)\right)\\
    \qquad R\cdot(p-a)= r \cdot \left(\dfrac{3\cdot(a+b+c)-2\cdot(a+b+c)}{2}\right)\\
    \qquad R\cdot(p-a)= r \cdot \left(\dfrac{a+b+c}{2}\right)\\
    \qquad R\cdot(p-a)= r \cdot p.\qquad \textcolor{#800000}{(*)}\\
    [/tex]

Antes de analisarmos os triângulos [tex]IT_3C[/tex], e [tex]I_AT_6C[/tex], vamos estabelecer uma propriedade que ajudará nessa análise. Para isso, vamos introduzir dois objetos matemáticos novos na discussão: os segmentos [tex]\overline{CI}\, [/tex] e [tex]\, \overline{CI_A}[/tex].

  • Observe que [tex]I[/tex] é ponto da bissetriz interna relativa ao vértice [tex]C[/tex] do triângulo [tex]ABC[/tex]; logo, os ângulos [tex]B\hat{C}I[/tex] e [tex]I\hat{C}A[/tex] têm a mesma medida, indicada por [tex]\alpha[/tex] na figura à direita.
  • O ponto [tex]I_A[/tex] pertence a uma bissetriz externa relativa ao vértice [tex]C[/tex] do triângulo [tex]ABC[/tex]; logo, os ângulos [tex]T_6\hat{C}I_A[/tex] e [tex]I_A\hat{C}B[/tex] têm a mesma medida, indicada por [tex]\theta[/tex] na figura à direita.
  • A partir dessas informações, vamos obter a medida [tex]\beta[/tex], em graus, do ângulo [tex]I_A\hat{C}I.[/tex] Para tal, perceba que os ângulos [tex]T_6\hat{C}B[/tex] e [tex]B\hat{C}A[/tex] são suplementares, logo [tex]2 \alpha+2\theta=180^\circ[/tex] e, portanto, [tex] \alpha+\theta=90^\circ[/tex], ou seja, [tex]\beta=90^\circ.[/tex]

    • Agora sim, observe os triângulos [tex]IT_3C[/tex] e [tex]I_AT_6C[/tex]. Inicialmente perceba que, de acordo com a notação da figura abaixo, à esquerda, temos que:
      [tex]\quad \alpha+90^\circ+\theta= 180^\circ\\
      \quad \alpha+\theta= 90^\circ\, .\quad \textcolor{#800000}{(i)}[/tex]
      [tex]\quad \alpha+90^\circ+\alpha_1= 180^\circ\\
      \quad \alpha+\alpha_1= 90^\circ\, .\quad \textcolor{#800000}{(ii)}[/tex]
      [tex]\quad \theta+90^\circ+\theta_1= 180^\circ\\
      \quad \theta+\theta_1= 90^\circ\, .\quad \textcolor{#800000}{(iii)}[/tex]

      Note que:

      • de [tex]\textcolor{#800000}{(i)}[/tex] e [tex]\textcolor{#800000}{(ii)}[/tex], concluímos que [tex] \alpha+\theta= \alpha+\alpha_1[/tex] e, portanto, [tex] \boxed{\theta= \alpha_1\, }\, [/tex];
      • de [tex]\textcolor{#800000}{(i)}[/tex] e [tex]\textcolor{#800000}{(iii)}[/tex], concluímos que [tex] \alpha+\theta= \theta+\theta_1[/tex] e, portanto, [tex] \boxed{\alpha= \theta_1\, }\, [/tex];

      e, assim, obtemos a figura abaixo, à direita.
      Essa figura nos mostra que os triângulos [tex]IT_3C[/tex], e [tex]I_AT_6C[/tex] também são semelhantes.

    Da semelhança dos triângulos [tex]IT_3C[/tex], e [tex]I_AT_6C[/tex] vem que:
    [tex]\qquad \dfrac{r}{p-b}= \dfrac{p-c}{R}\, [/tex],
    donde segue que:
    [tex]\qquad r\cdot R= (p-c) \cdot (p-b)\\
    \qquad R=\dfrac{(p-b) \cdot (p-c)}{r}.\qquad \textcolor{#800000}{(**)}\\
    [/tex]
    Substituindo [tex]\textcolor{#800000}{(**)}[/tex] em [tex]\textcolor{#800000}{(*)}[/tex], obtemos que:
    [tex]\qquad R\cdot(p-a)= r \cdot p\\
    \qquad \dfrac{(p-b) \cdot (p-c)}{r}\cdot(p-a)= r \cdot p\\
    \qquad \dfrac{(p-b) \cdot (p-c)\cdot(p-a)}{p}= r^2 \\
    \qquad r=\pm \sqrt{ \dfrac{(p-b) \cdot (p-c)\cdot(p-a)}{p}}. \\
    [/tex]
    e, como [tex]r[/tex] é uma medida, [tex]r \gt 0[/tex]; logo, [tex]r=\sqrt{ \dfrac{(p-b) \cdot (p-c)\cdot(p-a)}{p}}.[/tex]
    Finalmente, pelo Lema 3, se [tex]A_t[/tex] é a área do triângulo [tex]ABC[/tex], então [tex]A_t=r\cdot p[/tex]; portanto:
    [tex]\qquad A_t=\sqrt{ \dfrac{(p-b) \cdot (p-c)\cdot(p-a)}{p}}\cdot p\\
    \qquad A_t=\sqrt{ \dfrac{p\cdot (p-b) \cdot (p-c)\cdot(p-a)}{p^2}}\cdot p \quad (\text{Lembre que } p \gt 0.)\\
    \qquad A_t=\sqrt{ p\cdot (p-b) \cdot (p-c)\cdot(p-a)}\cdot \dfrac{\cancel{p}}{\cancel{p}}\\
    \qquad \, \fcolorbox{black}{#eee5de}{$A_t=\sqrt{p\, (p-a)\, (p-c)\, (p-b)}$}\, .[/tex]

    Se necessário, visite a Sala de Leitura Circunferências ex-inscritas.



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