Atividade: PIPA, uma brincadeira séria – Muito além de Dédalo e Ícaro…

Muito além de Dédalo e Ícaro…

O início do século XX foi cientificamente pautado pela preocupação se seria possível ou não a construção de grandes aparatos voadores estáveis o suficiente para levar um homem aos céus e trazê-lo de volta em absoluta segurança.
No entanto, muito antes da tecnologia, a história e a arte registraram esse sonho acalentado pela humanidade desde que o homem é homem. Por exemplo, o conjunto das pitorescas histórias da vida dos deuses e heróis gregos é o que hoje chamamos de Mitologia Grega; e quem estudou Mitologia Grega há de se lembrar do mito de Ícaro, que conta como ele e seu pai, Dédalo, escaparam do labirinto de minos, no qual estavam presos. Particularmente, a arte brindou o mundo com muitas imagens do mitológico voo de Ícaro!

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Obra: A QUEDA DE ÍCARO. De: 1600. Autor: Carlo Saraceni. Técnica: Óleo sobre tela. Onde ver: Museo e Gallerie Nazionali di Capodimonte, Nápoles.	Obra: PAISAGEM COM A QUEDA DE ÍCARO. De: 1567. Autor: Hans Bol. Técnica: Aquarela sobre papel. Onde ver: Museu Mayer van der Berg, Antuérpia.
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Obra: A QUEDA DE ÍCARO. De: 1636 – 1638. Autor: Peter Paul Rubens. Técnica: Óleo sobre tela. Onde ver: Museu de Arte Antiga, Bruxelas.	Obra: Dédalo e Ícaro. De: 1799. Autor: Charles Paul Landon. Técnica: Óleo sobre tela. Onde ver: Musée des Beaux-Arts et de la Dentelle, Alençon.

Imagens extraídas de: http://pt.wahooart.com/Art.nsf (Último acesso em 05/08/18)

Mas se mesmo com essas figuras você não se lembrou de Ícaro e de seu pai, ouça o conto As asas de Ícaro , clicando AQUI.

Mas, embora o século XX tenha sido decisivo para a grande arrancada das invenções que fizeram, definitivamente, com que o homem alcançasse seu sonho mais antigo – voar , na época existiam fortes argumentos justificando a impossibilidade desse sonho ser realizado. Um desses argumentos era de autoria do respeitadíssimo astrônomo, matemático, economista e estatístico Simon Newcomb (1835-1909):

“Considere duas máquinas voadoras semelhantes, sendo que uma tem o dobro da escala da outra. Todos sabemos que o volume e, então, o peso de dois corpos semelhantes são proporcionais aos cubos de suas dimensões. O cubo de dois é 8; então a máquina maior terá 8 vezes o peso da máquina menor. As áreas das superfícies destas máquinas, por outro lado, são proporcionais aos quadrados de suas dimensões. O quadrado de dois é 4. Desta maneira, a máquina mais pesada exporá ao vento uma superfície com área apenas 4 vezes maior, tendo então uma nítida desvantagem na razão eficiência por peso.”

Apesar desse argumento, Graham Bell estava determinado a criar um objeto voador, cujo princípio básico fosse não alterar a “razão eficiência por peso”, citada por Newcomb, por mais que fosse aumentada a dimensão do objeto.
Mirando neste foco, foi que Graham Bell criou a sua pipa tetraédrica; então, cabe a pergunta que apresentamos como investigação. Antes de apresentá-la, vale a pena informar que Alexander Graham Bell construiu suas pipas e previu a instalação de motores em estruturas voadoras; mas, não obtendo sucesso com a sua empreitada de fazer o homem voar, abandonou o seu projeto.

Investigação:
A construção de várias pipas tetraédricas de Graham Bell, de acordo com as instruções disponibilizadas na Atividade 8, viola o argumento de Newcomb?

Dicas:

O que no texto do argumento é chamado de “razão eficiência por peso” de um objeto tridimensional nada mais é do que o “quociente entre o seu peso e a sua área total”.
Considere as questões da Atividade 9.
O que são sólidos semelhantes? Quando duas figuras espaciais são semelhantes?

B O N S E S T U D O S ! ! !

Equipe COM – OBMEP

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