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Pierre de Fermat

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Nascido na França, na primeira década do século [tex]XVII[/tex] (17 de agosto de 1601, em Beaumont-de-Lomagne), Pierre de Fermat foi um Matemático e Cientista. Seu pai era um rico mercador e lhe propiciou educação privilegiada.
Seu interesse pela Matemática se iniciou com a leitura da Aritmética de Diofanto, obra que seria responsável pela divulgação de um dos maiores problemas matemáticos que o mundo conheceu.
A influência de Fermat na Matemática foi limitada pelo fato de ele não ter interesse em publicar suas descobertas, que ficaram conhecidas principalmente por suas correspondências a amigos e por sua cópia da Arithmetica de Diofanto, que chegou a receber uma versão especial (Aritmética de Diofante contendo observações de Pierre de Fermat), na qual foram impressas todas as notas de Fermat. Em suas cartas, ele descrevia ideias, descobertas, e até pequenos ensaios. Era um matemático que gostava de trocar e resolver desafios.
É considerado o Príncipe dos Amadores, pois nunca teve a Matemática como principal atividade na sua vida, dedicando-se a ela em horas de lazer. Mesmo assim, chegou a ser considerado o maior matemático de seu tempo.

Fermat morreu no dia 12 de janeiro de 1665, em Castres, França. Foi advogado e oficial do governo em Toulouse pela maior parte de sua vida; no desempenho das funções desse cargo distinguiu-se tanto pelo conhecimento jurídico como pela estrita integridade de conduta. Ele também era um erudito geral e um excelente linguista.
Mas para Fermat, a Matemática foi, de fato, o seu maior passatempo!
 
Contribuições:

Fermat ajudou na criação da Geometria Analítica, em 1629, descrita em um trabalho não publicado (Introdução aos lugares geométricos planos e sólidos). Teve circulação apenas em forma de manuscrito, e mostrava equações gerais da reta, circunferência, e equações mais simples para parábolas, elipses e hipérboles. Partes dessa obra, como o seu método para estabelecer tangentes, foram usadas por grandes cientistas como Isaac Newton.
 
Também contribuiu com a Teoria da Probabilidade que desenvolveu junto com Pascal, enquanto trocavam correspondências. Ambos determinaram as regras essenciais da probabilidade. Porém esse não era seu maior interesse, ele apenas resolvia os problemas a respeito de probabilidade que lhe eram propostos por Pascal.
Seu interesse maior era na teoria dos números e em jogos com números, os quais ele criava e desafiava outros matemáticos a resolverem.
 
Foi dele também o estudo de eixos perpendiculares, base das coordenadas cartesianas, cujo estudo é atribuído a René Descartes.

 
O Último Teorema de Fermat:

De todos os seus legados, o mais lembrado, e que resistiu a mais tempo, foi o Último Teorema de Fermat, escrito nas margens da página [tex]61[/tex] da Aritmética de Diofante, junto com a frase:
“Eu tenho uma demonstração realmente maravilhosa para esta proposição, mas esta margem é muito estreita para contê-la”
.
De enunciado simples, o teorema afirma que a equação [tex]~x^n+y^n=z^n~[/tex] não admite solução [tex]x[/tex], [tex]y[/tex] e [tex]z[/tex] no conjunto dos inteiros positivos, sendo [tex]n[/tex] um inteiro maior do que [tex]2[/tex].
 
Durante mais de três séculos, grandes matemáticos, entre os quais Euler e Gauss, se empenharam nesse teorema. Com o avanço da computação, foram testados milhões de valores [tex]x[/tex], [tex]y[/tex] e [tex]z[/tex], sem se conseguir uma igualdade.
 
Dentre os vários relatos que circundam esse teorema, está o do matemático Paul Wolfskehl, que havia marcado uma data e horário para seu suicídio. Para passar o tempo enquanto a hora de sua morte não chegava, encontrou em sua biblioteca uma referência ao Último Teorema de Fermat. Absorto em tentar demonstrá-lo, nem percebeu que passava da hora de seu suicídio, acabava-se o dia, e, ao se dar conta, mais um dia raiava, e ali estava ele. Em seu testamento, destinou toda sua fortuna a quem demonstrasse o teorema que lhe salvou a vida.

 
Andrew Wiles:

358 anos após o mundo conhecer o Último Teorema de Fermat, coube a Andrew Wiles demonstrar a veracidade desse teorema. Como tese de seu PHD em Matemática, Wiles concluiu o trabalho de sua vida, que colocaria seu nome entre os grandes matemáticos. Foi dele a descoberta do Santo Graal da Matemática. Cabe a nós também dar crédito a esse ilustre matemático, que merece uma seção nessa biografia.

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Diferentemente de Fermat, Wiles trabalhava sozinho no teorema, compartilhando seu progresso apenas com um de seus amigos, que era, como ele, professor de Matemática em uma universidade.
Após entregar sua demonstração, foi descoberto um erro, que lhe custou mais dois anos de trabalho, sob o medo de outro matemático usar sua base (que fora tornada pública). Finalmente, Wiles entregou a demonstração corrigida e correta do teorema.

 
Considerações finais e curiosidades:

[tex]\bullet[/tex] Após a morte de Fermat, seu nome foi dado à mais antiga e prestigiada escola de Toulouse, a Lycée Pierre de Fermat. Recebeu também uma escultura em sua homenagem.
 
[tex]\bullet[/tex] As histórias de Fermat, Wiles e vários outros grandes matemáticos misturam-se no livro “O Último Teorema de Fermat”, de Simon Singh, que chegou a ser apresentado em uma versão para televisão na série de documentários “Horizon” da BBC.
 
[tex]\bullet[/tex] Outro fato que fascina é que apesar de nunca ter a Matemática como principal atividade de sua vida, Fermat ainda é lembrado por seu incrível legado.
 
[tex]\bullet[/tex] No aniversário de 410 anos desse Teorema, ele recebeu uma homenagem do Google, que o estampou em sua página.

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Um vídeo para aprender mais




Grandes Pensadores: Pierre de Fermat



Fontes:
[1] Pierre de Fermat- Encyclopedia – Theodora.com – Último acesso em 04/09/20.
[2] MacTutor – Último acesso em 04/09/20.
[3] YouTube – Último acesso em 04/09/20.
[4] Wikipédia – Andrew Wiles – Último acesso em 04/09/20.
[5] Wikipédia – Pierre de Fermat – Último acesso em 04/09/20.

Vinicius Lambardozzi Nascimento, aluno do PIC – OBMEP
Equipe COM – OBMEP

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